Ocidental

Filosofia ocidental é o pensamento filosófico e obra do mundo ocidental. Historicamente, o termo foi inventado recentemente para se referir ao pensamento filosófico da civilização ocidental, começando com a filosofia grega, na Grécia Antiga, e, eventualmente, cobrindo uma grande área do globo. A própria palavra filosofia teve origem na Grécia Antiga: philosophia (φιλοσοφία), literalmente “o amor à sabedoria” (φιλεῖν — philein “amar” e σοφία – sophia, “sabedoria”). 

Origens

O escopo da filosofia no antigo entendimento, e os escritos (pelo menos alguns) dos filósofos antigos, foram todos os esforços intelectuais. Isso incluiu os problemas da filosofia como são entendidos hoje, mas também incluía muitas outras disciplinas, como matemática pura e ciências naturais como a física, astronomia e biologia (Aristóteles, por exemplo, escreveu sobre todos esses tópicos.) O termo “filosofia ocidental” é, por vezes, inútil e vago, já que a definição envolve uma grande variedade de tradições distintas, grupos políticos, grupos religiosos e escritores individuais ao longo de milhares de anos.

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Mundo ocidentalcivilização ocidental ou simplesmente Ocidente (em latim: occidens – “pôr do sol, oeste”, como distinto de Oriente), é um termo que se refere a diferentes nações, dependendo do contexto. Não há consenso sobre a definição das semelhanças desses países, além de terem uma população significativa de ascendência europeia e de terem culturas e sociedades fortemente influenciadas e/ou ligadas pela Europa.

O conceito da parte ocidental do mundo tem sua origem na civilização greco-romana na Europa, com o advento do cristianismo. Na era moderna, a cultura ocidental tem sido fortemente influenciada pelas tradições de movimentos como o Renascimento, a Reforma Protestante, o Iluminismo, e tem sido moldada pelo expansivo colonialismo europeu do século XV ao XX. Seu uso político foi temporariamente alterado por um antagonismo interno durante a Guerra Fria, no fim do século XX (1947-1991).

Originalmente, o termo tinha um significado literalmente geográfico, contrastando a Europa das culturas e civilizações ligadas ao Oriente Médio, Norte da África, Oriente Próximo, Sul da Ásia, Sudeste da Ásia e Extremo Oriente, que costumavam ser vistas como “Oriente” pelos primeiros europeus modernos. No entanto, atualmente essa definição tem pouca relevância geográfica, principalmente desde que os Estados Unidos e o Canadá se formaram nas Américas, a Rússia se expandiu para o Norte da Ásia e a Austrália e a Nova Zelândia foram criadas na Oceania.

No sentido cultural contemporâneo, o mundo ocidental inclui a Europa, além de muitos países de origem colonial europeia na América e na Oceania, como Estados Unidos, Canadá, Argentina, Brasil, Chile, Austrália, Nova Zelândia, entre outros.

Introdução

A cultura ocidental se originou na bacia do Mediterrâneo e seus arredores, sendo que a Grécia e a Roma antigas são frequentemente citadas como seus criadores. Com o tempo, seus respectivos impérios cresceram primeiro para o leste e para o oeste, incluindo o resto do Mediterrâneo e áreas costeiras do Mar Negro, conquistando, absorvendo e sendo influenciados por grandes civilizações do antigo Oriente Médio muito mais antigas (como a fenícia e a egípcia); mais tarde, expandiu-se para o norte do Mar Mediterrâneo, passando a incluir o ocidente, o centro, o sudeste, o leste e o norte da Europa. A cristianização da Bulgária (século IX), do Principado de Kiev (Rússia, Ucrânia e Bielorrússia, no século X), da Escandinávia (século XII) e da Lituânia (século XIV) trouxe o resto dos países europeus para a civilização ocidental.

Historiadores, como Carroll Quigley em A Evolução das Civilizações,5 afirmam que a civilização ocidental nasceu por volta de 500 d.C., após o colapso total do Império Romano do Ocidente, deixando um vácuo para o florescimento de novas ideias que eram impossíveis nas sociedades clássicas. Em qualquer ponto de vista, entre a queda do Império Romano do Ocidente e o Renascimento, o Ocidente passou por um período de declínio considerável, conhecido como Idade Média, as Cruzadas.

Escola de Atenas retrata uma reunião dos mais importantes pensadores da antiguidade clássica. Afresco de Rafael Sanzio, 1510-1511.

O conhecimento do mundo antigo ocidental foi parcialmente preservado durante este período devido à sobrevivência do Império Romano do Oriente e das instituições da Igreja Católica, além da ampla contribuição dos árabes e principalmente pela ascendência concorrente da Era de Ouro do Islamismo. A importação árabe, tanto de antigas quanto de novas tecnologias a partir do Oriente Médio e do Oriente para a Europa renascentista representou “uma das maiores transferências tecnológicas na história do mundo”. Desde a Renascença, o Ocidente evoluiu além da influência dos antigos gregos, romanos e muçulmanos devido às revoluções Comercial, Científica e Industrial, à expansão dos povos cristãos dos impérios da Europa Ocidental e, particularmente, à abrangência dos impérios europeus dos séculos XVIII e XIX. Muitas vezes, essa expansão foi acompanhada de missionários cristãos, que tentaram fazer proselitismo do cristianismo.

De modo geral, o consenso atual seria definir como parte do Ocidente, no mínimo, as culturas e os povos da Europa, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e uma grande parte da América Central e do Sul, como Argentina e Brasil. Há um debate entre estudiosos sobre se a Europa Central e Oriental está em uma categoria própria. Um argumento que justifica essa região europeia como parte do Ocidente é que o centro e o sudeste europeus, além dos países bálticos, como a República Checa, Polônia, Hungria, Estônia,Lituânia, Letônia, Eslováquia, Eslovênia, Bulgária e  Romênia, são agora membros da União Europeia e da OTAN, organizações majoritariamente compostas por países ocidentais. Essas nações foram tanto fortemente influenciadas quanto influenciaram o mundo ocidental e dividem valores sociológicos e culturais com esse grupo de países. A Grécia e o Chipre não estão localizados geograficamente na Europa ocidental, mas são geralmente considerados uma parte do mundo ocidental. Isto porque a cultura ocidental tem raízes gregas e em parte devido a razões políticas e econômicas. A Rússia muitas vezes não é considerada como parte do ocidente. No entanto, a cultura russa (especialmente a música, a literatura e a pintura) é classificada como uma parte integrante da cultura ocidental.

Cultura

O termo “cultura ocidental” é usado de forma muito ampla para se referir a uma herança de normas sociais, valores éticos, costumes tradicionais, crenças religiosas, sistemas políticos e artefatos e tecnologias específicas.

Especificamente, a cultura ocidental pode implicar:

  • uma influência cultural cristã bíblica no pensamento, costumes e tradições éticas e morais espirituais, em torno e depois da era pós-clássica.
  • influências culturais europeias relativas na arte, música, ética, folclore e tradições orais, cujos temas foram desenvolvidos pelo Romantismo.
  • influência cultural greco-romana clássica e renascentista na arte, filosofia, literatura, sistemais legais e tradições, além dos efeitos sociais do período das migrações e heranças dos celtas,germânicos, eslavos e outros grupos étnicos, bem como a tradição do racionalismo em vários aspectos da vida, desenvolvido pela filosofia helenística, escolasticismo, humanismo, Revolução Científica e Iluminismo.

O conceito de cultura ocidental é geralmente ligado à definição clássica do mundo ocidental. Nesta definição, a cultura ocidental é o conjunto de obras literárias, científicas, princípios políticos, artísticos e filosóficos que a distinguem de outras civilizações. Grande parte deste conjunto de tradições e conhecimentos é coletado no cânone ocidental.

O termo tem sido aplicado a regiões cuja história é fortemente marcada pela imigração ou colonização europeia, como a América e Austrália, e não está restrito à Europa.

Algumas tendências que definem as sociedades ocidentais modernas são a existência do pluralismo político, do laicismo, da generalização da classe média, das subculturas proeminentes ou contraculturas (tais como movimentos da Nova Era), aumentando o sincretismo cultural resultante da globalização e da migração humana. A forma moderna destas sociedades é fortemente baseada na Revolução Industrial e em problemas sociais e ambientais, tais como a luta de classes e a poluição, bem como as reações a eles, tais como o sindicalismo e o ambientalismo.

Definição

Países que falam línguas indo-europeias.

Ocidente e Oriente em 1980, definido pela Guerra Fria.

Mapa-múndi indicando o Índice de Desenvolvimento Humano (2012):

De origem, a expressão indicava as áreas da Europa tradicionalmente católicas ou protestantes. A diferença entre o Ocidente e a sua contrapartida o Oriente é mais velha: no Império Romano já havia diferença entre a parte ocidental latina e o parte oriental, dominada pelos gregos. A separação do Império Romano em uma parte Ocidental e uma parte Oriental em 395 e o cisma de 1054 também reforçaram esta diferença. Ao longo dos séculos, o Grande Cisma do Oriente causou diferenças determinantes na estrutura social, nas formas dominantes, no domínio das tecnologias aplicadas e desenvolvimento econômico, na filosofia e na ética, na arquitetura, nas artes e no vestuário.

Com a expansão do cristianismo na Europa, a diferença foi levada às outras partes da Europa. Por exemplo, a Rússia e a Bulgária foram convertidas a partir de Constantinopla e fazem parte do Oriente, enquanto os irlandeses e os neerlandeses pertencem ao Ocidente. Depois da Idade Média, o Ocidente foi caracterizado por um grande número de correntes de desenvolvimento, tais como o Renascimento, o Iluminismo, o Protestantismo, e o Humanismo.

Hoje em dia, usam-se várias definições para o Ocidente:

  • Definição clássica
  • Culturas dominantes desde a época colonial
  • Países da OTAN durante a guerra fria
  • Países ao ocidente da Ásia
  • Definições de governos

A definição clássica para o “Mundo Ocidental” compreende os países da Europa (por oposição a Ásia, o “mundo oriental”), e os que têm suas raízes históricas e culturais ligadas à Europa. Nesta definição se incluem, além da própria Europa, também as Américas e a Oceania e, em parte, também a África do Sul.

A expressão Mundo Ocidental às vezes refere-se ao grupo de países que alcançaram a hegemonia desde a segunda parte do segundo milénio. Nesta definição estão incluídos a Europa Ocidental, os Estados Unidos e o Canadá.

Durante a Guerra Fria, a expressão “Mundo Ocidental” se referia de maneira muito genérica aos países capitalistas desenvolvidos. Esta definição inclui os Estados Unidos, o Canadá, a Europa Ocidental, a Austrália, a Nova Zelândia, e também o Japão e Israel.

Definições de governos servem um alvo legal e administrativo. Às vezes, elas têm pouca relação com definições que foram apresentados acima. Por exemplo, o governo dos Países Baixos considera os imigrantes da Indonésia (uma ex-colônia holandesa) como imigrantes ocidentais.

Fonte: Wikipédia

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